Imóvel integra o Roteiro Nacional da Imigração
Construída no final
do século XIX pelo casal de agricultores Germano/Gustav Eichendorf e Josefina, para sua residência e de seus descendentes.
Os Eichendorf's eram filhos de um dos primeiros imigrantes, Gotlieb Eichendorf, que veio em 1873 para a colônia de São Bento, adquirindo o lote nº 158 da Estrada Dona Francisca.
Gottlieb teve os filhos: Gustav, Germano, Alberto e Maria.
Josefina Münch casou-se com Germano Eichendorf em 19/06/1909 e tiveram os filhos: Maria Germano, Maximiano, Bertha e Guilherme.
Após ficar viúva em 1920, casou-se com seu cunhado, Gustav e tiveram os filhos: Gustavo, Alfredo, Anita, Affonso e Carlos, vindo a ficar viúva novamente em 1933.
Coube ao filho do segundo esposo de D. Josefina, Gustavo Eichendorf e sua esposa Edeltraud Roepke a continuidade do cuidado da propriedade.
A Prefeitura adquiriu o imóvel a pedido do IPHAN, sendo seu último dono o Senhor Alceu
Steffen, conforme Lei Municipal Nº 2.485, de 29 de dezembro de 2009.
Em 2013 deu-se inicio a restauração
emergencial deste patrimônio.
Número do Processo IPHAN: 1548-T-2007
Livro do Tombo Histórico IPHAN: Inscrito em 09/2015.
Foto de junho de 2013.
A construção mescla dois sistemas
estruturais: enxaimel e alvenaria autoportante de tijolos aparentes.
Tem volumetria alteada. As paredes internas também mesclam técnicas
construtivas distintas: algumas paredes são em madeira, outras em enxaimel
com preenchimento de taipa rebocada. A fachada frontal abriga uma varanda
em toda a sua extensão, incorporada ao projeto original e dotada de
lambrequim simplificado e parapeito formado por peças verticais de
madeira. O guarda corpo era formado por interessante ripado de madeira,
que foi suprimido. A composição da fachada é assimétrica e a planta é
diferenciada das tipologias usuais. Há pinturas decorativas no interior da
casa.
Os espaços estão distribuídos em seis ambientes,
mais a varanda. Da varanda há acesso à sala de estar. A partir
dessa, chega-se a outros dois cômodos: um dormitório frontal e
outro ambiente, hoje desocupado, que pode ter sido utilizado
como sala de refeições; neste último se encontra a escada que dá acesso ao
sótão e uma porta que leva a mais um quarto (lateral) e à cozinha (aos
fundos). Não existe espaço reservado exclusivamente para circulação, que
acontece permeando os ambientes.
Em outubro de 2018, com a segunda parte da restauração concluída, o imóvel foi entregue a comunidade.